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Por que a diferença incomoda?

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Minha resposta está embasada nos conhecimentos referentes aos deficientes auditivos. Vivemos em um mundo preparado para o ouvinte. Espaços sociais, afetivos e comunicativos, muitas vezes, são inatingíveis pelo surdo, que muitas vezes é o incomodado. Segundo Glat (2004) o ser humano é social por natureza, que precisa estar inserido na vida grupal, para que haja uma saúde emocional e sobrevivência física. É nas relações humanas que ele desenvolve seus valores e capacidades intelectuais. Sendo assim, a família, que é o primeiro grupo social desempenha papel primordial para o desenvolvimento cognitivo-afetivo do indivíduo bem como este se relaciona com a sociedade. É na família que desenvolvemos atitudes vitais para a efetivação da socialização.             Uma família durante a gestação de um filho nunca espera que este seja especial. Porém quando isso acontece, a estrutura familiar se rompe. O sonho idealizado é desfeito e uma situação de crise é provocada (Glat, 2004). Sendo o

Comunidade surda vibra pelos 15 anos da Lei da Libras

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“ Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunida des de pessoas surdas do Brasil”  (Lei 10.432/2002) Nesta segunda-feira, 24 de abril comemora-se 15 anos que a lei da Libras foi sancionada. Grande conquista para a comunidade surda. Talvez para alguns não represente muito, mas para o Surdo sim, pois durante muito tempo acreditou-se em sua inutilidade, que eram desprovidos até das bênçãos de Deus, considerados incapazes por não possuírem linguagem.  Passaram-se os anos e esta comunidade presenciou a filosofia Oralista em que só teriam algum privilégio se falassem, sinalizar era quase um crime. Depois veio a filosofia da Comunicação Total, em que tudo era válido para se comunicar, falar ou sinalizar. Hoje depois de muitas conquistas chegamos ao Bil

Criança aprende com afetividade

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O processo de ensino e aprendizagem tem sido tema de várias discussões entre educadores, pais e governantes, pois há uma preocupação com o futuro acadêmico da sociedade brasileira; a mão de obra precisa ser qualificada; e não adianta o olhar ser só romântico de que a preocupação social é com o indivíduo e suas relações, já que se vive em um mundo capitalista e individualista. Na prática estas questões precisam ser equalizadas, a fim de que aluno tire maior proveito do período de escolarização que lhe é ofertado. Para tanto, pontuamos a necessidade do investimento na afetividade, pois sem ela a aprendizagem perde-se pelo caminho. É comum nas falas de adultos “aprendi a gostar de matemática, por causa do professor tal”. Nas relações afetivas é que se constrói o conhecimento. O tempo de maturação de cada indivíduo pode variar e o docente deve estar atendo para as peculiaridades do alunado, visto que a falta do equilíbrio ao oferecer situações de aprendizagem pode acarretar dific

TDAH, dificuldade ou possibilidade de aprendizagem?

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                     A vida contemporânea nos apresenta facilitadores, comunicação rápida, aparelhos celulares com recursos cada vez mais avançados, aplicativos para diversas funções que   alguns anos eram muito difíceis de serem realizadas ou nem existiam.          Percebe-se a gama infindável de estímulos visuais, auditivos e físicos, que crianças recebem, tornando-as mais ativas. Ao compararmos uma criança da contemporaneidade a outra da mesma idade, porém de uma época passada, perceberíamos em matéria de conhecimento uma distância, “anos luz” uma da outra.          Desta forma, podemos prever que não existem mais salas de aulas silenciosas, pois temos crianças que interagem, questionam, ou seja, são mais ativas. Diante disso, não se pode dizer genericamente “meu filho, ou meu aluno tem TDAH”, tomando como base apenas um sintoma de inquietude.     A criança com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade) precisa apresentar ao menos seis sintomas, de acordo